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Sieeesp aciona Justiça para contestar prefeitos sobre não reabertura das escolas

Segundo Benjamin Silva, as ações na Justiça, que já contemplam o ABC, serão desenvolvidas por região e visam o retorno opcional de 20% a 30% dos alunos

Link da entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=XXHskXhVJYI&feature=emb_title

Após quase oito meses desde o fechamento das escolas, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp) se contrapõe sobre a decisão dos prefeitos de São Paulo e do ABC de não retomar as aulas presenciais este ano. Segundo o presidente Benjamin Ribeiro da Silva, o Sindicato começou a entrar na Justiça para contestar a constitucionalidade da determinação, já que o órgão responsável por legislar as escolas é o Conselho Estadual de Educação, que, para o dirigente, já se mostrou favorável à retomada. 

Para Silva, a decisão de não reabrir as unidades escolares é uma questão de interesse político, já que os prefeitos não querem contrariar professores durante a campanha eleitoral. “Eles olham apenas para as eleições e, com isso, prejudicam milhões de crianças”, diz. O sindicalista afirma que o Conselho Estadual de Educação, responsável por escolas particulares e estaduais, já emitiu uma norma a favor da retomada, portanto, a determinação vinda por parte das prefeituras pode ser considerada crime constitucional.  

Segundo Benjamin Silva, as ações na Justiça, que já contemplam o ABC, serão desenvolvidas por região e visam o retorno opcional de 20% a 30% dos alunos. Silva conta que, apesar da data avançada e já próxima ao fim do ano letivo, o sindicato tentará com todos os recursos que a volta das aulas aconteça o quanto antes. “Vamos lutar até o final”, afirma. 

A maior preocupação do sindicato é o retorno da educação infantil, uma vez que crianças de zero a oito anos enfrentam mais dificuldades para acompanhar o conteúdo aplicado no ensino remoto. “Os pequenos são os mais precisam. Muitos sofrem violência familiar, ansiedade, ganho de peso, além de possuírem limitações interagir com as aulas virtuais”, explica. 

Em relação à segurança dos alunos, Silva conta que, apesar de não ser possível garantir que não haverá contágio, as chances são mínimas. Em diálogo com infectologistas e especialistas da saúde, a previsão do Sieeesp é de que, até o segundo semestre do ano que vem, a população ainda não tenha acesso a uma vacina 100% segura. Portanto, seria inviável manter as aulas híbridas até lá, diz. “Uma sala com oito ou 10 alunos impacta muito menos do que um shopping ou praia lotada”, argumenta. 

Link da matéria: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/2882303/sieeesp-aciona-justica-para-contestar-prefeitos-sobre-nao-reabertura-das-escolas/

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